Título: Avaliação dos Efeitos do Tratamento do Ar com Ozônio na Poeira Residencial
Comissão Examinadora - Titulares
Profa. Dra. Joyce Cristale (Presidente) - FT/Unicamp
Profa. Dra. Marta Siviero Guilherme Pire - FT/Unicamp
Profa. Dra. Carla Sirtori - UFSM
Suplente
Prof. Dr. Diego Stéfani Teodoro Martinez - CNPEM
Local: Sala de Defesa (Prédio da Pós-graduação da FT) https://stream.meet.google.com/stream/c8e5e23e-683d-4d58-ab96-a8b330d21183
Resumo: O aumento do tempo de permanência em ambientes fechados tem levado a uma crescente exposição
a poluentes atmosféricos típicos de lugares confinados. Este trabalho aborda a diversidade de
poluentes encontrados em ambientes internos, como ftalatos, retardantes de chama organofosforados,
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fragrâncias e filtros UV. Destaca-se o uso da ozonização para
melhorar a qualidade do ar, embora os efeitos adversos também devam ser considerados. Além disso,
neste trabalho é um dos objetivos desenvolver um método analítico permita avaliar se a ozonização do
ar em ambientes fechados pode alterar a composição de contaminantes presentes na poeira residencial
e a sua toxicidade. O método analítico avaliado utiliza extração por ultrassom e clean-up por extração
em fase sólida (florisil). Para análise da toxicidade das amostras ozonizadas será utilizado testes de
bioensaio com Lactuca sativa e Allium cepa. Até o momento, foi desenvolvido o método analítico de
extração e avaliados os valores de recuperação, limites de detecção e quantificação, análise do material
certificado SRM 2585 e realizado teste de fitotoxicidade com L. sativa. Foram comparadas duas curvas
analíticas distintas para a avaliação da performance analítica. Na curva preparada em solvente puro,
obtiveram-se bons valores de recuperação, que variaram de 70 a 129% com desvio padrão relativo
(DPR) entre 0,3 a 16%, exceto para o composto tris (2-cloroetil) fosfato (TCEP) e (Ftalato de dietila)
DEP, com recuperação 41 e 46% e DPR 7,3 e 3,3%, respectivamente. Enquanto que na curva
preparada utilizando o extrato do branco do procedimento, a média das recuperações variou entre 70
a 112% com DPR de 0,3 a 16% exceto para o composto TCEP com recuperação 62% e DPR 7,3%.
Adicionalmente, concluímos com sucesso a montagem de um reator para ozônio, que será fundamental
para análises futuras. No teste preliminar realizado com L. sativa não foi possível concluir se o efeito
observado estava exclusivamente ligado à poeira, pois também foram observados sinais de toxicidade
no teste de controle do solvente e no branco. Nos próximos testes será necessário realizar os
experimentos com concentrações menores para excluir a interferência do solvente e estabelecer uma
base sólida para futuras investigações, incluindo a potencial condução do teste com A. cepa para
avaliar a genotoxicidade.