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Defesa de Mestrado: Caroline Mayara Pessoa

Título:  Desenvolvimento de Método para Avaliar a Presença de Retardantes de Chama e Plastificantes Organofosforados em Carne Bovina e Peixe

Comissão Examinadora - Titulares
Prof. Dra. Joyce Cristale (Presidente) - FT/Unicamp
Prof. Dr. Edenir Rodrigues Pereira Filho - UFSCar
Profa. Dra. Juliana Azevedo Lima Pallon  - FEA/Unicamp

Suplentes
Profa. Dra. Dayana Moscardi dos Santos - USP
Dra. Josiane Aparecida de Souza Vendemiatti - FT/Unicamp

Local:  Sala de Defesa (Prédio da Pós-graduação da FT) | https://stream.meet.google.com/stream/f2211db4-8d94-481c-b4aa-93d811c513e7

 

Resumo:
O
s retardantes de chama são utilizados para inibir ou retardar o processo de combustão em materiais inflamáveis. Devido ao aumento na produção e uso de retardantes de chama organofosforados (OPFRs), esses compostos são cada vez mais detectados no meio ambiente e atingem os seres humanos por diversas rotas, entre elas a dieta. Contudo, há poucos estudos sobre a contaminação de alimentos por essas substâncias, sobretudo no Brasil. O trabalho objetiva avaliar a exposição humana aos OPFRs através do consumo de alimentos de origem animal, sendo esses a carne bovina e peixe. Para isto, foi desenvolvido e validado um método de análise utilizando GC-MS. Realizaram-se testes preliminares com a metodologia QuEChERS clássico para avaliar a eficiência desse método para extrair OPFRs em carne bovina.

Em seguida, foram feitas modificações neste método, visando diminuir os limites de detecção. As principais modificações foram o uso da partição a baixa temperatura após a extração, a concentração do extrato, o uso de C18 associado ao PSA na etapa
de extração em fase sólida dispersiva (d-SPE), e o enxágue dos adsorventes com acetato de etila. Realizou-se o estudo do efeito matriz comparando-se três diferentes curvas analíticas (curva utilizando solvente puro, curva utilizando o extrato do branco
de procedimento e curva utilizando o extrato da matriz). As curvas no extrato da matriz tiveram uma melhor performance neste estudo. As recuperações ficaram entre 48% e 119% para carne bovina e entre 98% e 131% para peixe. Os limites de detecção e
quantificação para carne bovina ficaram entre 0,69 a 4,8 ng g-1 e 1,25 a 25.0 ng g-1, respectivamente. Para o peixe, os limites de detecção e quantificação variaram de 0,34 e 14 ng g-1 e 1,25 e 25 ng g-1. Em seguida, foram analisadas amostras de carne
bovina e filé de peixe (tilápia) adquiridos em supermercados de Limeira-SP, e amostras de peixe (diferentes espécies) adquiridos em mercados de Sinop-MT.
Neste estudo, não foram detectados os compostos analisados. Contudo, são considerados necessários mais estudos para avaliar a exposição humana aos OPFRs através da ingestão de alimentos contaminados, incluindo um número maior de amostras, originadas de diferentes localidades no Brasil e, no caso dos peixes, incluir peixes pescados em rios e/ou mares para avaliar contaminação em seu ambiente natural, sujeito a atividade antrópicas.
Data: 
terça-feira, 28 Maio, 2024 - 09:30