Título: RISCOS À SAÚDE CAUSADOS PELO MATERIAL PARTICULADO COM BASE NOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Comissão Examinadora - Titulares
Profa. Dra. Simone Andréa Pozza (Presidente) - FT/Unicamp
Prof. Dr. Márcio José Teixeira - FT/Unicamp
Profa. Dra. Regina Maura de Miranda - USP
Prof. Dr. Rodrigo Augusto Ferreira de Souza - UEA
Profa. Dra. Leila Droprinchinski Martins - UTFPR
Suplentes
Prof. Dr. Diego Samuel Rodrigues - FT/Unicamp
Profa. Dra. Taciana Toledo de Almeida Albuquerque - UFMG
Prof. Dr. Marco Aurélio de Menezes Franco - USP
Local: Sala de defesa (Prédio da Pós-Graduação da FT) | https://stream.meet.google.com/stream/932a7037-525c-4d8a-9889-a8855783f65d
Resumo: O Material Particulado (MP) é um dos principais poluentes atmosféricos, sendo suas frações mais relevantes o MP2.5 e o MP10, com diâmetros aerodinâmicos de até 2,5 µm e 10 µm, respectivamente. A exposição ao MP está associada a uma série de doenças, incluindo problemas respiratórios, cardiovasculares e neurológicos. Desta forma, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a concentração de MP do município de São Paulo, Brasil, relacionando-a aos indicadores 11.6.2 e 3.9.1 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e analisando o risco de exposição humana ao MP10 e MP2.5. O estudo utilizou dados de 17 estações de monitoramento, coletados entre 2015 e 2022, e aplicou o método geoestatístico de krigagem para interpolar dados de concentração de MP. Foram realizadas ainda projeções de concentração utilizando os modelos Prophet, arima e ETS, que indicaram que São Paulo não atingirá os padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2045 para o MP2.5 e até 2050 para o MP10, sinalizando um cenário preocupante, já que a população de São Paulo continuará exposta a concentrações de MP prejudiciais à saúde por muitos anos. Em relação ao indicador 11.6.2, o município tem a expectativa de alcançar o cenário ideal somente em 2033. O impacto da poluição do ar na saúde da população foi realizado com o AirQ+. Foi realizada a estimativa do número de mortes prematuras atribuíveis à exposição ao MP, reforçando a relação entre as variáveis. Desta forma, este estudo evidencia a relação direta entre a qualidade do ar e os efeitos adversos à saúde, reforçando a necessidade de ações contínuas para reduzir a exposição à poluição e atingir as metas de sustentabilidade e saúde pública.