Visando à melhoria na qualidade dos trabalhos científicos desenvolvidos na FT, a secretaria de Pesquisa organizou um curso de introdução à escrita científica. O curso de 20h ocorreu na FT em Fevereiro. “A ideia é chamar a atenção da comunidade acadêmica para a importância da escrita científica e apresentar dicas para melhorar aspectos de um texto científico como coerência, coesão e concisão”, comenta o Prof. Vitor Coluci, responsável pelo curso. A professora da FT Laura Canno, pesquisadora na área de segurança de barragens, considerou que o conteúdo foi muito bom e que ele “será bastante útil para melhorar minha escrita”. Para o professor Cristhof Runge, que atua na área de telecomunicações, foi um curso “com enfoque prático e dinâmico, excelente para reciclar os conceitos e se manter atualizado sobre as ferramentas de auxílio à escrita científica.”
O curso também teve a participação de alunos de pós-graduação. Para Jeferson José dos Santos, doutorando da UNICAMP em Filosofia, “o curso é totalmente interdisciplinar e proveitoso a qualquer estudante independentemente da sua área de conhecimento. Através de exemplos, análise de textos, dinâmicas em sala de aula e da utilização de ferramentas online, o curso nos ensinou técnicas de como escrever um texto acadêmico de maneira mais clara, concisa e objetiva; características estas, fundamentais na atividade científica”.
De acordo com o psicólogo e linguista Steven Pinker, um bom estilo de escrita garante que a mensagem chegue aos leitores sem que eles precisem decifrá-la. Além disso, leva confiança ao leitor pois se o escritor se preocupou com a qualidade do texto de seu artigo, ele também deve ter se preocupado com outras etapas do trabalho científico como, por exemplo, a realização de um experimento no laboratório. Pinker ainda completa: “um bom estilo acrescenta beleza ao mundo”. Um artigo científico escrito de maneira clara, objetiva e concisa tem mais chance de ser lido, usado e citado. No entanto, escrever bem exige esforço e dedicação contínua mas é preciso desenvolver essa habilidade pois, como escreveu Andre Geim prêmio Nobel de Física de 2010, “unfortunately, no lab can survive without its Shakespeare.”