A Unicamp deverá adotar, a partir de 2019, sistemas múltiplos de ingresso nos seus cursos de graduação. A proposta, que tem por objetivo tornar o acesso à Universidade ainda mais democratizado, será apresentada nesta quinta-feira (31) à Câmara Deliberativa do Vestibular pelo Grupo de Trabalho (GT) designado pelo Conselho Universitário (Consu) para estudar a questão. Entre as sugestões formuladas pelo GT estão a adoção de cotas étnico-raciais, a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SISU), a reformulação do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) e a criação do Vestibular Indígena. O GT também recomenda a ampliação do Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS).
Logo após a apresentação à Câmara Deliberativa do Vestibular, o documento formulado pelo GT será encaminhado às faculdades e institutos da Unicamp, para que seja avaliado pelas respectivas congregações. Nesta etapa, que durará 60 dias, cada unidade de ensino e pesquisa poderá sugerir mudanças ou adaptações ao texto. Na sequência, o GT avaliará as contribuições, fará as alterações que considerar pertinentes e enviará a versão final ao Consu, que a apreciará em novembro. Os mecanismos de ingresso aprovados serão aplicados a partir de 2019.
De acordo com o coordenador executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), professor José Alves de Freitas Neto, que preside o GT, as sugestões apresentadas foram objeto de profundos estudos e discussões. “Nós analisamos a série de dados relativa ao Vestibular, avaliamos as experiências de outras instituições e consideramos as demandas de diferentes grupos sociais. Foi um trabalho exaustivo, algumas vezes marcado por visões divergentes, mas sempre pautado pelo respeito e pela busca do consenso”, relata.
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